terça-feira, 18 de junho de 2013

Opiniões sobre os protestos no Brasil.

  Olá, tudo bom? Não sei se você é um acompanhante frequente neste humilde blog, mas se for, peço o seu perdão por alguns minutos. Eu deveria estar postando meu Nuzlocke (que está atrasado uma semana, graças à minha bela prova de Eletromagnetismo), mas decidi adiá-lo para amanhã. Há algo mais forte dentro de mim pedindo para ser posto em palavras. E é sobre as manifestações.
  Se você ainda não sabe o que é, saia de sua caverna. Estou aqui não para divulgar opiniões políticas, ou angariar atenção. Estou aqui para manifestar meus pensamentos neste WordPad nojento em que escrevo. 
  Comecemos do começo, não? No início destas revoltas, na semana passada (semana da segunda feira 10/06/2013), eu, como disse, estava envolto de materiais de estudo. Pouco pude prestar atenção em reclamações e em passeatas. No entanto, assim como provavelmente ocorreu com vocês, ela foi empurrada em nossas gargantas. E devo dizer sinceramente que não me impressionei no início. Veja, sou uma pessoa ansiosa por boa argumentação para sair de meu estupor cotidiano, e não vi nada de parecido antes do fatídico sábado (ou domingo? Minha memória já não está essas coisas) em que os policiais atacaram os manifestantes. E ninguém me apresentava argumentos convincentes, preferindo se afundar em uma poça de hipocrisia e meias-verdades. Assim, continuei a minha vida, alheio ao resto.
  Eis que os fatos, maiores do que qualquer argumentação furada, surgiram em minha cara. Meu patriotismo inerente às minhas escolhas pessoais e gosto por esta terra abençoada por Deus, foi reaquecido. Meu fervor político, por tantos meses pisoteado, estava de volta à luta. Foi estranho ver aquelas pessoas tomarem o Congresso, o Centro do Rio de Janeiro, cada lugar em que passavam. Estranho e renovador. 
  Acabei me pondo para refletir nesta terça-feira, dia 18 de Junho, uma semana antes de completar duas dezenas de idade. E me peguei pensando em minhas histórias. Veja, não irei ao ponto de me chamar de escritor, mas tento. E recentemente estou contando duas histórias, uma oculta da maioria e outra, como sabem, pública (o Nuzlocke, caso não tenha sido claro). E, abismado, percebi no quanto elas tinham a ver com a situação política atual.
   Veja, embora eu não queira dar spoilers sobre a obra literária que estou tentando sair do papel, posso-lhe dizer que ela apresenta a história de alguém que em um momento se libera das amarras sociais, rompe com as autoridades inconfiáveis e decide tomar seu próprio caminho, o que considera certo. Mas cacetes, não é exatamente o que estou presenciando nas ruas? Esse semi-anarquismo, essa liberdade política? Quais eram as chances?
  Pensei um pouco sobre o que a situação atual influenciaria na minha história, e por enquanto nada, muito porque ela já era similar. No entanto, há uma discrepância entre as duas: na minha, há uma liderança posterior. Na real, por enquanto não há. Não posso dizer que concordo, pois acredito, em minha opinião, é necessário sublinhar, que isso é necessário. Só que, quem sabe? Posso estar errado. Veremos sobre isso. Contudo, isso me leva à história que vocês conhecem, o Nuzlocke.
  No Nuzlocke, embora não seja muito mais do que uma fanfic de um videogame com quase quinze anos, quis passar uma mensagem. De que é necessário lutar pelo que você acha certo, independente da confiança nos resultados. E é isso que está acontecendo. E me sinto feliz em poder acompanhar ao vivo estas transformações. Serão permanentes? Não sei. Apenas o futuro nos dirá. Por enquanto, é necessário continuar lutando, e decidi fazer desta forma. Devo ir às passeatas sim, mas confio em minhas habilidades de escritas para dar uma mostra de minhas opiniões e, quem sabe, motivar alguém. Novamente, eu não sei se isso funcionará. Apenas continuo lutando.
  E, por mais bizarro que seja, ao terminar de imaginar o rascunho mental deste post, encontrei um bando de manifestantes segurando placas em frente ao BarraShopping, na Barra da Tijuca, no Rio. Como um sinal divino, os encarei pela janela de meu ônibus, observando seus dizeres. E um deles se mostrou extremamente apropriado para encerrar este post, por mais clichê que seja. 
  Somos o futuro da nação.

Um comentário:

  1. Brilhante, como não poderia deixar de ser vindo de você. Torço para que as mudanças ocorram e que o país siga um novo rumo.

    Dalmo

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