sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Review Relâmpago de Detona Ralph!

Bem-vindos, senhoras e...

NÃO HÁ TEMPO A PERDER.

É UM REVIEW RELÂMPAGO, ENTÃO VAMOS AOS FATOS.

Detona Ralph conseguiu a proeza de, no quarto dia do ano, ganhar o prêmio de Decepção do Ano, reservado para Homem de Aço. Incrível um filme com tanto potencial ser completamente destruído.

Os primeiros, sei lá, vinte minutos do filme são bem divertidos, cheios de referências a videogames antigos. Parecia ser algo bom. Oh, como estava errado. Minhas expectativas foram destruídas, incineradas, calcinadas, enterradas, revividas, eletrocutadas, e jogadas no lixo.

Primeiro, a dublagem. Sim, caro leitor, é necessário falar da dublagem. Why? Porque a Disney Brasil fez a questão de impedir que as cópias legendadas chegassem às terras tupiniquins. 

Censura? Sim, é uma forma de se dizer. E não é só isso. Em vez de contar com dubladores competentes, que esse país tem de montes, fizeram a questão de colocar Rafael Cortez (CQC), e Marimoon.

MARIMOON. AH VÁ TOMAR NA PUTA QUE PARIU. 

Sério. Não é possível. Além de chutar todos os dubladores do Brasil no saco metafórico, ainda nos obrigam a ouvir essa merda? Pensei que estávamos em um país com uma constituição, não um campo feudal regido por um senhor maluco com um machado e uma espingarda. 

E é claro que eles falharam. Detona Ralph teve uma sequência impressionante de diálogos vergonhosos. Se eu ganhasse um real por cada vez que baixei a cabeça com vergonha da humanidade, eu estava rico. Sério, tenho testemunhas oculares. É o tipo de coisa que me faz querer ser surdo. Coisas como "Major Fedorento", "Pum alguma coisa" e gírias da época que sua avó usava fraldas vindo da pharmacia, não são cabíveis no mundo de hoje. Isso não faz o filme parecer ter raízes brasileiras. Isso faz pessoas vomitarem nos cinemas. 

E claro que a história não pode ajudar. Como falei, os primeiros vinte minutos são bem divertidos. E aí entramos na parte "meh" do filme. 

Primeiro vamos para um videogame "hardcore", onde conseguiu ser mais infantil que o arcade em que o personagem principal vive. Não, não há crítica, padawan. Eu tentei ver isso. É roteiro ruim, mesmo.

E então vamos para os outros três quartos de filme, que se passam em um único jogo! De corrida! De doces! Pela mãe do guarda, qual é o problema dos escritores? Um filme sobre videogames, com milhões de possibilidades, e vocês me inventam uma terra fofinha de doces? Nada contra se ela aparecesse, mas MAIS DA METADE DO FILME? 


Tô com preguiça de colocar o vídeo, me processem. 

E, se não bastasse a falta de aproveitamento do roteiro, a construção dos personagens é pífia. Romances são criados em duas cenas, clichês são jogados aos baldes, tal como um tratador de animais joga palha transgênica para o elefante obeso do zoológico. Ou qualquer ração que o elefante coma, não estou com paciência para verificar. 

No mais, é um filme pífio. Tantas oportunidades foram jogadas fora pela dublagem forçada, o roteiro medíocre e os personagens mal-acabados. 

E, Pixar. Estou de olho em vocês. Depois de Toy Story 3 vocês parecem ter pisado na casca de banana fedorenta e cheia de pum, como diria seu último filme. Carros 2 conseguiu o prêmio de ser um filme da Pixar tão passável que nem eu quis ver, Valente foi bem abaixo do nível de vocês e Detona Ralph foi fraquíssimo. Se Universidade dos Monstros não se sair bem, vou invadir o estúdio de vocês e tirar o cara que escreve os curtas do calabouço que estão prendendo ele. 

E então vou tacar fogo no resto.