terça-feira, 18 de setembro de 2012

Uma análise de alguns títulos dos novos 52

Olá, damas e cavalheiros. Sejam bem vindos ao post do Recinto Nerd de hoje, onde falaremos...

...MAL. VAMOS FALAR MAL DESSA PORRA DE DC, QUE FUDEU COM TUDO QUE EU LIA E ESTRAGOU TODOS OS SEUS HERÓIS. VAMOS PEGAR ARAMES FARPADOS E FAZER UM IO-IÔ COM OS EXECUTIVOS DA WARNER. VAMOS...

...falar bem? Que porra é essa? Estou escrevendo pro blog certo? Um post do Recinto Nerd onde falarei bem das coisas? Santa reviravolta, Bátima, estamos no Recinto Nerd Bizarro.

Sim, meus caros macaquinhos voadores. A questão é: eu tentei escolher as revistas que eu compraria nos novos 52. Tudo bem que acabei errando em um monte de coisas, mas ei, agora só tenho coisa boa na minha conta da Comixology.

Então hoje faremos diferente. Vamos analisar algumas revistas da DC, lembrando que teve algumas que eu parei no meio, mas ainda assim posso dar o meu padecer. Comecemos, shall we?

Action Comics


Vamos começar com uma bela de decepção. Quando você junta Grant Morrison e Superman, você espera coisas. Coisas no nível de Superman All Star. Sinto muito, mas é esse nível que passa pelos nerds sebentos que vão comprar essa revista.

E rapaz, que chute no saco eles receberam. Não que a revista seja ruim, longe disso. Porém, como eu disse no meu post passado, você sentia mão editorial da DC na garganta do careca. Várias idéias pareciam ser rapidamente mudadas, tudo para que o Escoteirão se adequasse ao universo mainstream, impedindo Morrison de fazer o que faz melhor. Viajar no ácido.

Além disso, uma gama de histórias de back-up de qualidade questionável e diversas voltas no roteiro. Assim que eu soube que Morrison ia sair da revista, pulei fora do barco e nadei pra longe.

Nota 6.

Animal Man



Agora vamos falar de coisa boa, vamos falar do nosso querido Homem-Animal. Eu honestamente não esperava esse nível de qualidade. Tudo bem que a história às vezes parecia ter um ritmo lento, mas o roteiro segurava as pontas e mandava bola pra frente.

Eu não leio muitas histórias de terror, por isso não tenho muito com o quê comparar, mas ao meu ver essa é um dos melhores pedaços de tinta do mercado. A revista é claustrofóbica, tem várias cenas nojentas e expande incrivelmente o universo do Homem-Animal, inclusive fazendo a DC investir nessa área.

Pra quem achou que ia ler uma história aventuresca simples no entanto boa, foi uma bela surpresa. E a arte é bem maneira, embora caia um pouco de vez em quando.

Nota 9.

Aquaman


Falando em surpresas, se segurem nas suas carteiras, pois o peixinho da Atlântida se colocou finalmente em uma posição de destaque na DC.

Brincando com o fato de que todo mundo considera o Aquaman um bucha, e contando com o melhor trabalho até agora do time de arte liderado por Ivan Reis, Geoff Johns consegue fazer o impossível e o inimaginável:  te querer gastar 3 dólares numa revista cujo personagem principal é o Aquaman.

Tudo bem que o primeiro arco é infinitamente superior do que o segundo, mas até agora ele vai segurando as pontas. No entanto, quando o Ivan sair para assumir a Liga da Justiça, eu devo parar de comprar. Foi mal, garoto das escamas (eu realmente pensei em um trocadilho melhor, mas estou escrevendo isso nas coxas), mas você não é essa Brastemp toda.

Nota 8.

Batman



Falando em coisas que não são essa Brastemp toda (rapaz, estou conseguindo amarrar essa troca de assuntos), o Bátema. Muita gente fala que é uma leitura do tipo "Oh, meu Deus, eu não consigo parar de ler. Queimem suas edições de Cavaleiro das Trevas, porque isso é ouro em forma de papel!".

Menos.

Sim, é uma história excelente. Sim, é incrivelmente tensa, sombria e retrata um Batman meio diferente do que já vimos. Mas ele ainda tem muito chão pra correr se quer ser algo lendário. Talvez esse novo arco do Coringa cale minha boca, sei lá. Posso dizer que realmente estou aguardando por isso.

E palmas por criar novos vilões que não sejam completamente esquecidos em meses!

Nota 8,5.

Catwoman



Falando em... hã... no Bátema, temos a mulé-gato.

Confesso que eu comprei cinco edições desse lixo sem nunca ter lido mais de cinco balões em cada revista. Ela simplesmente parecia... chata. Sem atrativos.

Nem sei o motivo de eu ter comprado. Aliás, sei sim. Eu era um dos três fãs que gostava de Sirens of Gotham, e também gostava muito da arte do desenhista. Eu realmente esperava que as coisas fossem melhorar... mas aí mudaram o time de arte e eu queimei todas as revistas.

Ou não, visto que são digitais. Bem, eu deletei elas. SÓ QUE COM HONRA E RAIVA.

Nota 3.

Frankenstein: Agent of S.H.A.D.E



Falando em... hã... hm...é... merda. Combo breaker.

Bem, não posso falar muito dessa, porque só comprei três edições. Ei, não olhe pra mim assim! Meu dinheiro estava sendo investido em outras coisas! Tipo mais dois meses de Catwoman!

...

Qual é a porra do meu problema?

Enfim, a revista. Foi até bem divertidinha, mas não pegou no tranco tão rápido. Tinha até potencial para muito mais... meh. Fica para a próxima reencarnação.

Nota 7.

Justice League Dark



Falando em revistas que demoraram para engrenar, olhe um exemplo dela. A premissa é excelente. Heróis mágicos da DC combatendo ameaças que apenas eles podem combater.

Só que para ela ficar boa demoraram sete edições e uma troca de roteiristas.

O início foi bem capenga. Personagens da equipe completamente fora de sintonia, um relacionamento fraquinho entre eles, muita raiva e muita desunião. Até entendo que essa não seria uma equipe normal de heróis, mas alguma coisa deveria se salvar.

Enfim, foi só trocar de roteirista que as coisas entraram nos eixos. Personagens mudaram, coisas maneiras e novas apareceram e o Constantine voltou a ser um grande filho da puta.

Nota 7.

Justice League International



Falando em Liga da Justiça, vamos para uma que fudeu com minhas expectativas. Só que do pior jeito possível.

Quando me falaram de uma Liga com o Gladiador Dourado, que parecia muito seguir o molde da Liga Cômica, pensei: até que enfim. Vão reviver uma das melhores Ligas de todos os tempos.

Só que não havia piadas. Ou melhor, se havia, elas eram tão ruins que se passaram como diálogo normal. Rapaz, que lixo. Que potencial desperdiçado. Que arte meia boca.

Nota 4.

Supergirl



Acho que eu estava esperando muito dessa revista. Sei lá, eu acompanho a Supergirl por diversas forças do destino por muito tempo. Uma das primeiras revistas que eu comprei da DC era uma Superman/Batman cuja capa era a Supergirl apanhando do Lex Luthor.

Só que era escrita pelo merdão do Jeph Loeb. E desde então toda revista que a Supergirl ia, era uma revista que eu comprava. Tudo que eu queria era uma história minimamente decente.

E foi exatamente o que eu ganhei. Uma história minimamente decente. Bem, já dizem por aí: cuidado com o que deseja.

Tudo nessa revista é mediano. Arte. Roteiro. Diálogos. A própria personagem. Eu ia comprando feliz e contente, mas no meu último corte de revistas, por volta da edição 8, ela caiu.

Nota 6.

Swamp Thing



Duas revistas.

Eu comprei as duas últimas edições, a 12 e a 0. Desnecessário dizer que não entendi caralhos nenhum.

Portanto, não posso opinar. Fiquem com essa imagem como entretenimento:



Wonder Woman



Sabe, eu poderia falar algumas coisas sobre essa revista.

Posso falar que ela tem uma arte boa. Que a promessa de uma revista de terror não foi exatamente cumprida, mas ela tem sua tensão. Que algumas reinvenções de deuses do Olimpo foram bem maneiras, já outras foram uma merda (Hades criança com cabeça de candelabro? Drogas, what?). Só que estamos no fim do post, tá todo mundo cansado, querendo ver suas famílias, amigos e o Team Fortress, então simbora pra nota.

Nota 7 quase 8.

Ah, fiquem ligados no Facebook para ver se temos notícias semana que vem. Não prometo nada, pois isso depende do meu querido computador e do programa que vou baixar, mas quem sabe eu não pego no tranco e tenho a cara de pau de atualizar esse blog semanalmente de novo?

E, se alguém der dois caralhos para o que eu leio, aqui vão as outras compras que estou acompanhando nesse momento do tempo: America's Got Powers (Nota 10, só comprei a primeira edição e nem sei se vou comprar as outras agora, mas puta que pariu, que revista boa), Avengers vs. X-Men (Me julguem, nota 7 pra revista e nota 15 pro Comics Alliance), Before Watchmen: Minutemen (Me julguem [2], nota 8), Before Watchmen: Silk Spectre (Me julguem [3], Nota 9), Hawkeye (Nota 10, acreditem se quiserem. Sim, é a revista do Gavião Arqueiro. DO GAVIÃO ARQUEIRO. NOTA 10. PORRA), Invincible (Nota 8,5. Panini, tá mais que na hora de publicar isso no Brasil) e Wolverine and the X-Men (Nota 9 pelas maluquices  e 4 pras revistas atreladas à Avengers vs. X-Men. Nota 6,5 na média). 

domingo, 2 de setembro de 2012

Um ano depois: Os 10 piores do Reboot da DC

Quanto tempo, senhoras, senhores, gatos, seres da profundeza, robôs e hienas. Estamos aqui para mais um post do Recinto Nerd!

E não, eu não sei se isso realmente é uma volta ou se eu decidi as coisas. Eu só sentia muito a necessidade de escrever sobre isso.

Com os recados da paróquia fora do caminho, vamos ao post em si.


1 ano atrás, veio uma coisa bem grande na indústria de quadrinhos. Todo o universo DC foi recomeçado, com 52 novas revistas contando novas aventuras sobre novos super-heróis que por acaso eram os mesmos que você cresceu lendo. A questão é: valeu a pena?

MAS É ÓBVIO QUE NÃO, CARALHEOS!

O.K, por partes. Por mais que eu tenha gostado de algumas revistas (Animal Man, Batman do Snyder, Homem do Pântano, Liga da Justiça Dark e, pasmem, Aquaman), eu tenho alguns problemas com o novo UDC. 10 grandes problemas, para falar a verdade. E aqui vão eles:

10- Isso:



Certo, vamos começar com a coisa me que motivou a fazer esse post. O relacionamento entre Superman e Mulher-Maravilha.

PORRA DC, VOCÊ NÃO FAZ PESQUISA SOBRE SEUS PRÓPRIOS PERSONAGENS, SEUS ENERGÚMENOS DOENTES?

Superman tinha uma esposa, que todo mundo conhece como Lois Lane. O que muita gente não percebia era que ela tinha uma das funções mais importantes de todos os tempos: ancorar o Homem de Aço à humanidade.

Pensem comigo. Todas as histórias em que o Escoteirão e a Mulher-Maravilha ficam juntos, ele fica longe da humanidade. Diabos, pensem em Reino do Amanhã! Quando Lois morreu, o Superman ficou ausente por anos, voltando apenas para instalar uma milícia super-heróica que quase nunca se comunicava com os cidadãos comuns! E ele estava de rolo com a Mulher-Maravilha na época!

Logo, essa foi a prova definitiva de que essa idéia é uma ideía de jegue que não tem nada melhor para pensar.

9 - O que é feminismo?



Tem certas coisas que eu não entendo. A DC parecia estar afirmando que a era de super-exploração do corpo feminino nos quadrinhos estava no fim, de que igualdade entre os sexos era a nova moda, que o decote da Poderosa era um abuso, blá blá blá.

Aí vem a Estelar puta e a Mulher-Gato contorcionista.

Sério, qual é o sentido? Não há nem muito o que comentar nesse caso, porque simplesmente não há explicações racionais razoáveis. Exceto a bagunça editorial, mas falaremos disso depois.

8 - Deturpação de conceitos



Tem vários casos assim no novo UDC, mas vamos nos focar na Sociedade da Justiça.

Eu tinha comprado as três primeiras edições da SJA crente de que ia ler finalmente um pouco de ação super-heróica que eu estava acostumado. Mas alguma coisa parecia errado. E faz uns dias que eu finalmente descobri o que era.

Os membros da Sociedade estão começando agora. Eles são todos novinhos criados à base de leite com pêra. MAS O PROPÓSITO DA SOCIEDADE NÃO ERA ESSE, POURRA! A equipe era sobre gerações de heróis mais velhos ensinando aos outros. Sobre heróis assumindo o manto de outros. Sobre os peitos da Poderosa, e nem isso temos mais!

Agora, a SJA virou mais uma equipe super-heróica qualquer. Não há o que tinha de diferente nela. Perdeu-se a geração de ouro e entrou a equipe de várzea, moleque. Tá tudo errado nessa porra.

7 - Oráculo



Era uma vez a Batgirl. Ela era uma menina ruiva, inteligente e serelepe que corria por aí batendo em bandidos. Aí veio o Coringa e meteu uma bala na coluna dela, tornando-a cadeirante para sempre. Foi uma reviravolta bastante eficaz do senhor Alan Moore. Assim como mostrava que os super-heróis também eram pessoas que podiam passar por isso, gerando uma identificação maior com o público, ainda deu origem à Oráculo, um dos maiores personagens da DC, muito maior que a Batgirl, que combatia o crime usando o intelecto em vez de socos.

Então veio o Reboot. Foda-se tudo isso, vamos fazer Barbara Gordon uma combatente serelepe de novo.

QUAL É O SEU PROBLEMA, DC?

Vocês tinham acertado. A Oráculo era melhor do que qualquer Batgirl. Diabos, ela até foi parte da Liga da Justiça, tendo contatos com todos os maiores super-heróis da Terra. E vocês jogam isso no lixo?

Desculpa, não faz sentido. Vocês se livram de um dos maiores personagens com deficiências físicas para voltar a ser uma Robin com roupa diferente? Sério? Sério mesmo? Ah, vá à merda!

6 - Personagens esquecidos



Vamos apenas colocar uma lista. Agora, me diga sinceramente se algum desses personagens merecia ter ficado de fora do universo em troca de, sei lá, da Fairchild, do Bandoleiro ou da equipe que o Liefeld criou para o Exterminador.

Wally West. Ted Kord. Renee Montoya. Ray Palmer (não, a versão dele atual não conta mesmo), os Kents (novamente, vá à merda, DC), Ravena, Donna Troy, Ralph e Sue Dibny, Stephanie Brown.

5 - Nada vale mais porra nenhuma



Muitas pessoas reclamam desse tópico, de que o que nós lemos continua existindo em nossos corações, blá blá blá.

Não, sinto muito, mas não. A DC apagou praticamente 70 anos de histórias para fazer esse reboot. Pior, ainda escolheu algumas histórias, falando que valiam enquanto outras não, o que piorou ainda mais a confusão. Como A Noite Mais Densa ocorreu se a maior parte dos personagens ali não tinha morrido ou mesmo existido?

Enfim, não é isso que quero comentar nesse tópico. É apenas uma constatação de que, sem as histórias que nós lemos, não conhecemos esses personagens. 

Sério. Pense, segundo a DC, o novo universo tem 5 anos com atuações de heróis. Você sabe o que a Mulher Maravilha fez nesse tempo? E o Flash? Diabos, o que o Superman fez nesses 5 anos? Ninguém sabe! Ninguém sabe se eventos que ocorreram para definir a personalidade dos heróis realmente aconteceram, se tal personagem já encontrou outro, seus relacionamentos, nada! Apenas nos disseram que muita coisa aconteceu, e você vai descobrir no caminho.

Sinto muito, DC, mas não. Há um motivo para termos comprados tantas revistas no passado, e foi para conhecer os heróis que nós acompanhávamos. Havia uma felicidade em conhecer o passado dele, no que aconteceu para eles se tornarem o que eram. Agora temos pessoas que se parecem muito com o que conhecíamos, mas não são e nunca serão. São outras pessoas que não conhecemos, mas que supostamente deveríamos.

Novamente bato numa tecla que já disse várias vezes: se fosse pra recomeçar, recomeçava direito. Do zero. Ou podiam fazer que nem o Universo Marvel fez com a linha Ultimate. Como disse Alex Ross: a Marvel não obrigou ninguém a ler novas histórias de seus heróis. Ela nos deu duas opções. Qualquer coisa seria melhor do que ignorar-sem-ignorar-mas-talvez-só-um-pouquinho as histórias antigas.

4 - Matar, matar, matar



Ei, se lembra do Superman e seu discurso de que toda vida é sagrada e deveria ser tratada como tal, e essa é uma diferença entre os heróis e vilões?

Pois é, esqueça isso, agora o Homem de Aço desmembra seres alienígenas com um pneu de carro! O Aquaman passa metade de um ano falando que vai matar seu inimigo, mesmo dizendo que eles apenas matavam caso não houvesse outra solução.

Na boa, vai se enrabar com um taco de beisebol. Os heróis não matam! Essa é uma das leis fundamentais sobre histórias mainstream! Há exceções, claro, mas elas deveriam ser exceções, e não a regra! Cacete, o Lanterna Verde explodiu a cabeça de um alien na primeira edição dele! PORRA! PORRA! PORRA! TÁ TUDO ERRADO NESSA MERDA, CARALHO! TÁ TUDO ERRADO QUANDO A LIGA DA JUSTIÇA COMBATE UMA INVASÃO ALIEN ESQUARTEJANDO SEM NEM PERGUNTAR NADA ANTES!

3 - Uniformes, oh, os uniformes



Houve um tempo em que os uniformes da DC eram simples, minimalistas e tinham um charme que nada na Marvel conseguia bater. Diabos, o principal herói da Marvel, o Homem-Aranha, tem um uniforme lotado de teias e bagunça.

Aí decidiram que os heróis deveriam ter joelheiras, protetores de queixo, placas de armadura e muitas, muitas linhas. Homem de Aço? Acho que não, rapaz, é melhor você botar esses protetores antes de sair pra batalha.

Ei, Flash, e se você cair? Tudo bem que você vai se esfarelar em pedaços tropeçando na velocidade da luz, mas ei, tome esse protetor de queixo, isso deve te ajudar.

Ciborgue, meu amigo. Tome esses espinhos, e cuidado na hora de acertar alguém.

Demônio Azul!


...

Clube sadomasô, aqui vamos nós!

2 - EXTREME!



Sei que estou roubando, colocando um conjunto de quase todos os tópicos anteriores como um só. Só que esse é o meu post, então são minhas regras inventadas.

Uns belos 95% do que a DC fez remete aos anos 90. Vamos citar os três piores na minha opinião:

Lanternas Vermelhos: Uma revista dedicada puramente à violência, com personagens tão tridimensionais quanto um pedaço de papel. Soa EXTREME o suficiente para você?

A volta dos desenhistas e escritores daquela linda geração. Rob Liefeld, Scott Lobdell, Howard Mackie, Fabian Nicieza, Tom deFalco, a turma toda. Quanta saudade, não?

A revista do Exterminador. Por Rob Liefeld. Sério, ela deveria ser plastificada e guardada para gerações futuras. Nunca vi tanta merda em um só lugar.

Para terminar, tudo que parece estar acontecendo é maneiro, radical, violento, sangrento, sacana, erótico, em suma, noventista. Agora só faltam os protetores de ombro, bolsos e aquelas almofadas na cara que o Shatterstar usava.

1 - Mas que bagunça, Bátima!



É muito triste quando você tem que concordar com Rob Liefeld, mas a DC está uma bagunça editorial absurda.

Pra começar, o reboot em si. Obviamente foi uma ação mandada pelos chefões da Warner que pouco se importam com porra nenhuma exceto a mufunfa que ganham vendendo revistas. Grant Morrison era contra, então a DC deu a ele duas revistas para ele poder fazer o que quiser nelas.

Pra quem leu Action Comics, você consegue perceber onde Morrison queria fazer algo e foi impedido pelo editorial da DC. E isso deve ter deixado ele puto além da conta, pois ele parece ter desistido de histórias de super-heróis. Pelo menos isso fez Liefeld abandonar o barco também.

Há também o caso de George Pérez, que provavelmente foi totalmente contra o reboot, mas teve que engolir o sapo e trabalhar em Superman. Ou não, porque ele saiu da revista chutando o balde, revelando que os editores mudam de idéia sempre, obrigando os artistas e desenhistas a se dobrar para mudar tudo.

E não se esqueçam da transformação do Superman no Harry Potter. Sim, eu sei que não faz sentido colocar isso aqui, mas precisava falar disso porque essa situação me deixa muito puto!

Podemos ver isso sem nem mesmo se aprofundar em entrevistas. Diabos, Static Shock foi cancelado em uma bagunça, Stormwatch e Arqueiro Verde trocam de equipe todo mês. É triste ver tudo isso acontecendo, ainda mais sem ver luz no fim do túnel.

Portanto, agora é ver o que vai dar. Com roteiristas saindo em um ritmo alarmante, só nos resta rezar que alguém dentro da DC ponha a casa em ordem. Mesmo que continue com o reboot, pelo menos faça direito.

Agora vamos ver se essa Marvel NOW! é tão ruim quanto.