sábado, 17 de março de 2012

As crônicas de Ona volume 1: Resgate

OLÁ NERDS! BEM-VINDOS AO MEGAEVENTO DO RECINTO NERD, AS CRÔNICAS DE ONA! O PROJETO QUE EU ESTIVE TRABALHANDO POR DUAS SEMANAS SEM PAUSA! E SIM, CAPS LOCK É NECESSÁRIO!

É o seguinte: Eu queria fazer uma crônica em oito partes desde dezembro do ano passado, e só consegui vontade de escrever semana passada. Isso explica a ausência de posts. Não me arrependo.

Eu queria falar mais sobre a história, mas não aguento mais escrever, então tomem essa!

AS CRÔNICAS DE ONA

Volume 1: Resgate


     A carroça balançava em um ritmo regido pelas pedras da estrada. O chão arenoso e laranja era banhado sem nenhuma piedade pelo sol, e não havia nenhuma nuvem à vista para impedí-lo. Geralmente não havia. O deserto de Gohr, como era chamado na língua dos orcs que habitavam-no, era famoso por sua péssima recepção aos viajantes. A temperatura beirava cinquenta graus em um dia normal, afastando qualquer espécie de turista. Não que os nativos se importassem, afinal orcs não são a espécie mais receptiva.

     No entanto, a carroça seguia seu lento trajeto, solitária em meio a um inferno de pedras. Era puxada por dois cavalos cansados, conduzidos por uma mulher alta e esguia, trajando vestes e negras e longas, destacando-a no ambiente predominantemente laranja. Dentro da carroça, protegida do sol pelo tecido branco e grosso que a cobria, estavam organizados alguns arcos, várias aljavas cheias de flechas e duas sacas tilintando de moedas de ouro. E, no fundo do veículo, com suas pernas balançando do lado de fora e fisionomia cabisbaixa, havia um jovem.

     Ele tinha dezesseis anos, pele clara e cabelos ruivos e bagunçados. Era magro, e trajava uma camisa sem mangas e uma calça simples, ambas originalmente brancas, mas agora amarrotadas e sujas de sangue e areia. Seu rosto era fino e prolongado, com olhos grandes e verdes, nariz arrebitado, lábios pequenos e uma coleção impressionante de sardas. Uma longa e recente cicatriz se estendia do lado direito da sua face, começando na altura do olho e descendo até a mandíbula. Seu nome era Ona.

     - Garoto! - disse uma voz severa de frente da cabine - Estamos chegando ao acampamento. Vá se esconder dentro da carroça.

     O garoto obedeceu rapidamente e fechou a redoma, bloqueando a escaldante luz solar. Ele obedecia rapidamente às ordens de Loretta, a moça que estava conduzindo o veículo.

     Depois de alguns minutos, a carroça parou. Ona ficou calado, ouvindo Loretta saltar do vagão e amarrar os cavalos. Ela era alta e magra, mas ao mesmo tempo bem curvilínea. Seus cabelos era também longos, de uma cor negra, assim como o vestido longo que usava, alheio ao sol do deserto. De fato, era uma mulher impressionante em vários sentidos. Não que isso importasse a Ona. Aliás, pouca coisa importava para ele no momento

     Ona vinha de uma família rica, que morava na cidade de Aikon, que significava "na borda do deserto". Sua vida era bastante feliz e pacata, e se resumia a ajudar nos negócios políticos da família. Aikon era contente, próspera e segura, até virem os orcs. E sua recém-adquirida política expansionista.

     O fato é que, cidades como Aikon raramente eram defendidas pelo governo central. As áreas próximas ao deserto eram muito perigosas, e as tropas de segurança se limitavam às montanhas que circulavam Gohr. Como resultado, a cidade foi massacrada. Ona foi o único sobrevivente, entre os corpos de amigos e família. Ele e o que sobrou o dinheiro de sua família.

     Com esse dinheiro, Ona tinha planos. E bem grandes. Ao chegar na Fortaleza dos Mercenários, localizada no topo da montanha de Hift, na borda do deserto, descobriu o motivo da recém-adquirida vontade de expansão orc. Havia um certo algo que contia as bestas, e elas o haviam capturado. Ona estava disposto a resgatar esse algo. Por isso, contratou os serviços um tanto quanto caros de Loretta, a Arqueira. E aqui estavam.

     Loretta apareceu pelos fundos da carroça, coletando uma aljava, um arco longo, e duas adagas.

     - Fique dentro daqui e não saia. A moça então fechou a redoma.

     Ona nunca foi corajoso. Sempre foi tímido, reservado e , até eventos recentes, pacífico. Só que sua curiosidade superava sua covardia por um palmo. Assim, ele espreitou lentamente para fora, e ficou em uma elevação, assistindo Loretta descer até o acampamento orc.

     O acampamento em si era algo bastante rudimentar. Uma dúzia de tendas de pele de animais diversos se espalhavam, formando um semi-círculo cuja abertura embocava na entrada da depressão. Pequenas colinas ajudavam a delimitar a área em que os monstros se encontravam. E, diretamente oposta à entrada, havia uma pequena construção móvel de pedra negra, com uma grossa porta metálica com barras.

     Perto dessa construção , havia cerca de duas dúzias de seres estranhos, semelhantes a lagartos, chamados de Recons. Eram bestas bípedes e carnívoras, cuja pele variava de verde brilhante a um negro sujo. Embora fossem ferozes, costumavam ser usados como montarias, tanto que uns ainda usavam arreios. Seus cavaleiros estavam dispersos pelo local, em uma visão que Ona pretendia não ver novamente.

     Orcs eram brutamontes. Tinha em média dois metros de altura e pele verde-clara, ressecada pela sobrevivência em Gohr. Ao contrário do dito popular, não eram musculosos, embora não se encaixassem à categoria de "magros". Eram simplesmente gigantescos. No entanto, a natureza lhes dispôs de armas mais ameaçadoras do que músculos. Seus dentes eram todos afiados, e sua resistência e força os tornava ameaça a qualquer um com bom senso. E, claro, havia as armas. Machados, principalmente. Grandes peças de ferro e madeira que chegavam a um metro, capazes de partir facilmente um homem em dois pedaços de carne. Junto com eles, roupas feitas de couro animal, cortadas de modo a proteger do sol. Não era exatamente um exército orc que estavam vendo, mas sim um bando de arruaceiros.

     Um bando de arruaceiros que conseguiu o que nenhum exército conseguiu, pensou Ona. Não conseguia acreditar que eles tinham aprisionado o "algo". E também não conseguiu acreditar que estava os vendo novamente. Aqueles malditos haviam matado sua família. Seus amigos. Sua cidade. Lágrimas correram pelo rosto de Ona e por sua nova cicatriz. Uma fúria latente voltou a se agitar em seu sangue. Que Loretta mate todos, pensou, embora houvesse uma pequena parte do seu corpo que duvidasse que aquela simples mulher derrotaria os monstros que fizeram o que nenhum outro havia feito. Pois bem, a qualquer momento descobriria, pois ela havia chegado à entrada do acampamento.

     Como já foi dito, orcs não são exatamente o grupo mais sociável. Era raro qualquer humano entrar em uma base deles. Assim, eles não têm uma segurança bem-feita, apenas o mínimo para evitar ataques de feras do deserto. No caso, dois vigias estavam patrulhando a entrada. Quando viram Loretta, ficaram um tanto quanto perplexos. Uma humana fêmea, vindo sozinha como gado para o abate? A dupla foi se aproximando dela, preparando seus machados. Quando viram o arco e a aljava, desandaram em correria até ela. Ona prendeu a respiração, antecipando a cruel morte da arqueira, que não tinha tempo de preparar o arco...

     O primeiro orc desferiu uma machadada horizontal, mirando o pescoço de Loretta. Ela se abaixou, e antes do movimento do monstro terminar, puxou a adaga de seu bolso e a arremessou contra o pescoço verde do inimigo. Ele soltou um som engasgado, e morreu logo em seguida. Antes do corpo cair, ela pegou a adaga do cadáver e lançou contra o joelho do segundo orc, que se aproximava. Ele caiu, e enquanto estava descendo, a arqueira puxou outra adaga e cortou a garganta dele, se esquivando habilmente do novo cadáver.

     Ona ficou exasperado com a facilidade com que a mercenária se defendeu. E aparentemente os outros orcs também. Eles começaram a correr em direção à arqueira, enquanto ela tirava calmamente o arco das costas. Ela posicionou a arma, sacou uma flecha da aljava, e começou a matança. Ona mal a via atirando, nem as flechas no ar, mas via os orcs caindo. Cada tiro era fatal, e logo os corpos de uma dúzia deles estavam no chão, e seu sangue rubro pintava o cenário do deserto.

     Com o tempo, os orcs remanescentes elaboravam uma nova estratégia. Eles se esconderam atrás das barracas, cuja pele de animal era grossa o suficiente para impedir as flechas de alcançarem seus órgãos vitais. Loretta aproveitou esse momento para alvejas as montarias. Enquanto os Recons agonizavam, a mercenária foi se aproximou do edifício negro. Ao perceber isso, os sobreviventes correram desesperadamente em sua direção.  Era o que a arqueira estava esperando. Ela pegou o arco e deu uma meia-volta em torno de seu eixo, atirando nos orcs remanescentes.

     A depressão ficou em silêncio, cheirando a sangue e morte. Loretta se virou, guardou o arco e entrou no edifício. Ona prendeu a respiração. Alguns minutos se passaram. De repente, a porta metálica se abriu, saindo a mulher apoiando um homem e seu ombro.

     Ona viu aquilo e desceu correndo para encontrá-los. Aquele que Loretta resgatou era quem havia defendido Aikon durante vinte anos. O paladino dos oprimidos, que havia derrotado cem orcs em uma noite. Aquele que derrotou uma besta Hazaras com suas próprias mãos. O protetor de Gohr.

     Ankho, o Bárbaro, havia sido resgatado.

sexta-feira, 2 de março de 2012

SHOWDOWN 03: Melhores personagens secundários de Simpsons

Olá, nerds fedorentos e repugnantes! Aqui estou eu, de volta das longínquas terras de Orlando para apresentar mais um SHOWDOWN!


Uau. Um bom tempo sem fazer um desses. Que ironia, vendo que meus primeiros quinze posts foram sobre um SHOWDOWN que ficou maior do que o esperado.

Enfim. Saibam que eu, o querido Zoraman, defensor dos inocentes e detentor de Excalibur, voltei para botar a casa em ordem. E que jeito melhor de fazer isso do que falar de Simpsons?


Sim, senhoras e senhores. Depois de 23 temporadas, o programa dos personagens mais amarelos da televisão chega a marca de 500 episódios. Impressionante, no mínimo. Ainda mais se contar que eles tiveram apenas um filme. Diabos, Pokémon deve ter uns 20, e está na décima quarta temporada.

E agora, depois de uma pesquisa rápida, descobri que tem mais de 700 episódios. Pela mãe do guarda, vocês tem que respeitar os japoneses.

Voltando ao assunto. Onde eu estava? Ah, sim, Simpsons chegou aos 500 episódios no último domingo, e pra variar estou fazendo um post comemorativo atrasado. A vida é feita desses pequenos empecilhos. 

Para fazer um post especial, é muito fácil ficar falando da família Simpson. No entanto, que tal ir mais além? Fora do núcleo familiar, há toda a gama de personagens secundários que dão tempero à série. E, acredite, fazer uma lista de apenas oito foi um tarefa de Hércules. E pensar que nomes como Abu, Lenny, Carl, Barney, Lionel Hutz, Ned Flanders e a mãe do Homer ficaram de fora. 

Agora vamos começar. Para a lista dos melhores personagens secundários de Simpsons!

Dr. Nick Riviera



Os Simpsons têm um médico confiável, o Dr. Hibbert. Só que há um outro... bem, preparem-se para as aspas, """"""""profissional"""""""", no programa. Nick Riviera é o suprassumo de um doutor picareta. Ele já trocou o braço e uma perna do pobre senhor McGregg, cavou corpos no cemitério para aplicar cirurgias, tem medo de sangue, falhou em colocar um marcapasso em Homer, comprou drogas de Marge e sempre se apresenta com um "olá, pessoal".

No entanto, o mais impressionante fato que eu achei em minha pesquisa longa e cansativa na Wiki dos Simpsons, é que o doutor é imortal. Sério. Lembram do filme dos Simpsons, quando ele é atingido por um pedaço do vidro gigante que englobava Springfield? Pois é, alguns anos depois ele é visto jogando golfe! O filho da mãe tem menos conhecimento médico do que uma libélula e consegue realizar um milagre médico!

Moe Szyslak


Moe é um personagem bastante profundo, que muitas pessoas não conseguem perceber. Talvez porque a graça dele é que o desgraçado só se ferra. Sério, ele não dá uma dentro. Ele já foi um ator mirim nos Batutinhas, mas ele matou o órfão que interpretava o Alfafa! Seu primeiro beijo rolou quando ele tinha 10 anos, e foi com o Cara dos Quadrinhos! Os pais dele o abandonaram em um acampamento de verão, e se tornou horroroso devido à sua carreira furada de boxeador.

Até mesmo quando as coisas parecem dar certo para Moe, ele consegue arruinar tudo. Seu bar vende bebidas fora de validade e licores falsos. Ele conseguiu ser um juiz de American Idol, mas brigou com Simon Cowell e foi proibido de julgar no estado da Califórnia.

Ele geralmente é um cara babaca, mas tem um bom coração. O problema é que ele demora a parar de ser um completo idiota, o que resultou no fracasso de sua carreira de poeta e no fim do sonho do Moe Flamejante. Aliás, falando em boa pessoa, ele até faz trabalhos de caridade na América do Sul e África. E, quando você precisa de ajuda do Moe, você está realmente na merda.

Krusty


Herschel Schmoikel Pinchas Yerucham Krustofski, mais conhecido como Krusty, é o exemplo do palhaço depressivo. Ele é judeu, e quando decidiu ser comediante provocou a ira do pai, fazendo com que ambos deixassem de se falar por anos. Viciado em álcool, cigarros, e até mesmo Percodan, ele costuma esconder as drogas no nariz de palhaço. Krusty possui um caso bipolar que já provocou diversos problemas, normalmente resultando em Bart salvando a pele branca do palhaço.

No mundo de Simpsons, Krusty é a maior marca da cidade. Seu nome está em alarmes, testes de gravidez, chiclete de ovos de aranha e hantavírus, cereal de bactérias e um acampamento de verão que parece o inferno na terra. 

Diferente de Moe, Krusty é uma pessoa má. Ele causou o ódio mortal de Sideshow Bob, e é comumente visto como vilão nos episódios da Casa de Horrores.

Joe Quimby


Quimby é o prefeito corrupto e vitalício de Springfield. De fato, embora ele seja o prefeito, ele tem uma ojeriza pelos cidadãos e pela própria cidade.

Já que o tema do post é listar as piores mancadas do personagens, vamos lá. Quimby já errou o nome da cidade, roubou cestas de piquenique, proibiu o álcool em um dia de São Patrício para não ser responsabilizado e perdeu seu posto para um maníaco homicida E o gato dos Simpsons!

Ah, ele também é um pervertido e tem problemas com a máfia.

Comichão e Coçadinha


Comichão e Coçadinha são personagens do desenho homônimo que passa no programa do Krusty. Obviamente, eles são uma cópia do Tom e Jerry, aplicando todos os conceitos de violência no processo.

O interessante é que eles têm todo um background sobre o show. Comichão originalmente era um rato em um barco. Para aqueles com déficit de atenção, é uma paródia do Mickey. 

Em 1928, Coçadinha apareceu no barco, e eles começaram uma história de horror e morte. Estrelaram dois filmes, parodiando Pinóquio e Fantasia, ambos da Disney. De fato, a história deles tem muito mais Disney do que Tom e Jerry. Os personagens também gravaram programas de rádio nos tempos da Segunda Guerra e apareceram em um filme com o gato Fritz, que foi classificado X por sexo e drogas explícitas.

O interessante do show é que ele dá uma quebrada nos episódios dos Simpsons. Não importa a situação, é sempre algo similar que diverge um pouco de sua atenção.

Falando assim soa como se o show fosse uma droga, mas é divertido. Tente imaginar o Tom e o Jerry no lugar deles.

Cara dos Quadrinhos


Jeffrey Albertson (sim, descobri o nome dele hoje) é o proprietário da Android's Dungeon, recinto de toda a nerdice de Simpsons.

Você pode até chamá-la de... Recinto Nerd! Oh, Deus, como sou esperto.

O Cara dos Quadrinhos é um nerd. E nerds gostam de personagens nerds bem-feitos (diferente de Big Bang Theory). Ele já realizou atos absurdos que apenas pessoas como eu entendem, como traduzir Senhor dos Anéis para Klingon e sua placa de carro é NCC-1701, o número de registro da Enterprise.

Ele sempre tem uma frase obscura na ponta da língua, e o fato de poucas pessoas entenderem torna tudo mais divertido.

Ralph Wiggum


Cara, Ralph é... esquece, é melhor listar um pouco do que ele já fez.

Ele não sabe o que significa "batalha". Ele chama a professora de "Mamãe da Escola". Já chamou o Superintendente Chalmers de Super Nintendo Chalmers. Ele dirige um carro de polícia. Aparece comendo giz de cera, maçanetas, lâmpadas e até mesmo o Coelhinho da Páscoa. Ele tem um lepreuchan piromaníaco como amigo imaginário. Já foi votado para ser presidente, inclusive manipulando os partidos Republicano e Democrata para apoiá-lo. Já fingiu ser um caminhão de bombeiro. Já fingiu ser um cachorrinho imaginário. Disse que vai estudar na Universidade Bovina. Chama sua camisa de "calças para os braços". Entre outros.

Clancy Wiggum


O Chefe de Polícia Wiggum é o exemplo perfeito do policial idiota. De fato, ele deve ter criado o personagem do policial idiota.

Ele é simplesmente um policial que não se importa com o bem-estar público. De fato, ele se oferece para propinas (mas apenas dinheiro), ajuda o prefeito Quimby em suas artimanhas, não sabe o lado da arma que atira e fez parte do quarteto musical de Homer, mas foi expulso e tentou voltar com o pseudônimo "Doutor Doolittle".

Ah, ele também é técnico de um time de hóquei.

AND THE WINNER IS...

RALPH WIGGUM


Não tem jeito. O melhor personagem secundário dos Simpsons é Ralph. Por quê? Carambolas, TODA aparição dele é engraçada. Não há exceção. Ele é o representante quase perfeito da maluquice de Simpsons. Não acredita? Olhe o vídeo! E até semana que vem, quando acho que teremos um post polêmico! Mamilos!